Coliseu e Circo Máximo

Quando se fala em Roma, a primeira coisa que todo mundo pensa é o Coliseu. E finalmente chegou o nosso dia de conhecê-lo! Fomos à tarde e compramos o ingresso na hora. Tinha fila, mas nada absurso. Chegando perto dos caixas a fila é bem bagunçada, mas funciona. O Ingresso custa €12, vale por dois dias e dá direito à entrada no Coliseu e ao Palatino/Foros Romanos. O ideal é visitar o Coliseu em um dia e o Palatino/Foro Romano em outro. Foi isso que fizemos. O Anfiteatro Flavio, ou Coliseu como é mais conhecido, é um anfiteatro (ou o que restou dele) que começou a ser construído no ano 72 d.C. Ao contrário do que acredita-se, o Coliseu não foi usado como palco para o sacrifício de mártires, mas funcionava como um estádio onde eram promovidas lutas de gladiadores e animais que, não raramente, acabavam morrendo nessas disputas.

“Eu sonhava com os pobres bichos encurralados nas jaulas dos grandes carnívoros e me contorcia de angústia pensando nos primeiros cristãos no Coliseu romano, porque no fundo da alma tinha certeza de que se me mandassem escolher entre renunciar a fé ou virar almoço de um tigre-de-bengala, não teria dúvida em ficar com a primeira opção” 
(ALLENDE, Isabel. Paula)

Durante algum tempo também era comum alagar o Coliseu para batalhas navais (será que era assim que funcionava a Piazza Navona?). O interessante é que esses espetáculos eram abertos à toda a população. A divisão entre as classes era feita lá dentro: os que detinham privilégios ocupavam as melhores posições. Com o fim do Império romano e dois terremotos que atingiram Roma logo em seguida o Coliseu teve sua estrutura abalada e sofreu grande abandono. A partir de então foi usado como cemitério, fortaleza etc. Mas pra mim, a parte mais interessante disso tudo é o fato de que o anfiteatro foi aos poucos “desmontado” para que o material de construção usado ali, especialmente o mármore, pudesse ser usado em outras obras. Foi o Papa Bento XIV no século XVIII que incluiu o Coliseu na Via Sacra. A partir de então começou a preocupação com o seu restauro.


O Coliseu sem dúvidas chama a atenção pelo seu porte imponente. Tanto por fora quanto por dentro. Começamos nossa visita pela parte de baixo. Estava bem quente no dia mas lá dentro, como em toda Roma, tinha uma fonte de água pra aliviar a situação. Para percorrer a parte subterrânea é preciso pagar uma visita guiada cujo preço não lembro agora (€9? €12? Alguma coisa assim). Se não me engano, para essas visitas tem horários especiais também. No nosso caso, demos uma volta pelo anel inferior e subimos.






Lá em cima tinha uma exposição super bacana com estátuas (e restos delas), objetos, e materiais diversos encontrados nas escavações que contam um pouco da história de Roma e do estilo de vida da época. Vista a exposição, demos uma volta pela parte superior do Coliseu e encerramos nossa visita na lojinha de souvenirs, onde resolvi tomar vergonha na cara e comprar meu guia de Roma! E claro, minha ecobag do Coliseu!




Eu gostei bastante do Coliseu, ele é muito bonito e tudo mais, mas não tem muito pra explorar não. É aquilo e pronto.

Saindo de lá, seguimos para o Circo Máximo. Sabíamos que era um lugar famoso e que era a uma parada de metrô de distância. Esperávamos encontrar algum monumento grande e imponente, mas encontramos na verdade um lugar meio abandonado. O que era o Circo Máximo é hoje uma grande bacia de quase 700m de comprimento quase toda a construção foi soterrada/destruída. O lugar, então, virou quase que um parque onde as pessoas caminham ou sentam pra passar o tempo. Observamos que de do outro lado da rua, tinha algo que parecia ser um barranco com ruínas ou algo assim lá no alto. Estava com uma aparência meio abandonada também, cheio de mato... Lá no alto vimos algumas pessoas, mas sem saber como chegar lá, seguimos nossa caminhada.





Chegando então à beira do Tevere, estava a Igreja Santa Maria em Cosmedim. Infelizmente tinha acabado pouco antes o horário de visita (é impressionante como as coisas fecham cedo em Roma!). No entanto vimos que tinha uma fila lá dentro e resolvemos olhar pela grade o que era. Surpresa! Estávamos diante da Boca da Verdade. A Boca da Verdade é uma máscara feita de mármore que, segundo a lenda, era capaz de identificar mentirosos. Para isso era necessário colocar a mão dentro da boca. Os sinceros saiam com a mão intacta, os mentirosos tinham a mão devorada. Infelizmente não pudemos testá-la! ;)



 


Já mortas de fome, decidimos encerrar nossa cota turística do dia e seguimos para a nossa amada praça Re di Roma. Por ali descobrimos um restaurante, o Sapori & Parole onde comemos um macarrão acompanhado, no meu caso, de vinho Rosso di Montalcino! E, pra variar, encerramos a noite na Procopio, nossa gelateria preferida de Roma!

*Créditos das fotos pra Aninha e pra Marcela. Eu tinha descarregado a câmera na véspera e esqueci de colocar o chip de volta!

Comentários

  1. Obrigada! Esse passeio é imperdível! Bom 2015 pra você também!

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  2. Muito superficial. Pensei que fosse um artigo científico. Não gostei!

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