Começando a vida em Siena
Na quinta-feira, depois de me fazer companhia nos dois primeiros dias em Siena, a Marcela foi embora no início da tarde. Acordamos com calma, nos arrumamos e fomos almoçar. Escolhemos um restaurante chinês que tínhamos visto na véspera. A saudade de arroz estava grande!! Depois disso eu a levei pra estação que, como eu disse, é do outro lado da cidade. Apesar disso, não fica longe! Seguimos o Google Maps que não sabia que tem uma escada rolante que corta caminho, então demoramos uns 30, 40 minutos até lá. O pior era a mochila da Marcela nas costas... Chegando na estação ela comprou o bilhete e aprendemos a convalidá-lo. Essa é uma operação bem simples, inclusive, e só colocar o bilhete na maquininha que ela registra o dia, o horário e a estação na qual o bilhete foi validado. Na hora que o trem saiu senti um vazio enorme. Tínhamos passado as últimas duas semanas juntas, numa sintonia incrível! E agora eu estava em Siena, sozinha. Era hora de começar a me organizar. Voltei pra casa pra finalmente esvaziar minhas malas.
Nos dias seguintes continuei meu trabalho de exploração da cidade, mas dessa vez sozinha. Apesar de algumas vezes bater a preguiça resolvi não me permitir ficar em casa. Sairia nem que fosse pra uma volta rápida. E da única vez que não me obedeci arrependi bastante. A Piazza del Campo logo de cara foi eleita meu lugar preferido e passagem obrigatória. Quando não tinha mais nada pra fazer ou quando não queria fazer mais nada, era pra lá que eu ia.
Torre del Mangia e Palazzo Pubblico |
A vida noturna da cidade também acontece na Praça. Lá é cheio de bares e restaurantes onde as pessoas ficam. Outra opção é comprar a bebida em algum outro lugar pra sentar... Na praça! Por fim, na Praça encontra-se a maior fonte de Siena (dessas com água potável!), a Fonte Gaia, inaugurada em 1414; o Palazzo Pubblico, construído entre 1288 e 1310 que é hoje a sede da “prefeitura” de Siena, e a Torre del Mangia de aproximadamente 102m e construída entre 1338 e 1348.
Fonte Gaia |
Torre del Mangia |
Essa torre é linda de todos os ângulos! |
A Residenza Sperandie, onde estou, tem uma estrutura comum muito boa com uma área de serviço com tanque, máquinas de lavar roupa e tábua de passar roupa e uma cozinha com fogão e forno elétrico, três pias e várias mesas. Cozinhar pra mim seria uma ótima opção pois além de gostar, sai mais barato e eu poderia fazer o arroz que me faz tanta falta! O problema é que a cozinha não tem panelas nem nada. Precisamos ter as próprias coisas. Em relação a prato, copo, talher, pano de prato, essas coisas, uma das mulheres que fica na portaria me indicou uma loja de €0,99 aqui perto. Para comprar as panelas eu poderia ir numa feirinha que acontece próxima à Igreja de San Domenico às quartas-feiras. Nunca uma quarta-feira demorou tanto pra chegar! Enquanto isso, descobri um lugar que tem macarrão por €3 e almoçava por lá quase todo dia.
Quando finalmente chegou quarta-feira acordei cedo pra ir à tal feira. Ela é enorme e tem de tudo! Barracas de roupas aos montes com roupas de €10 a €300, €400... Cobertores, pijamas, esmaltes, maquiagem, brincos, colares, pulseiras, livros, plantas, panelas, cafeteiras, raquetes de matar pernilongo... Enfim! Comprei minhas panelas, minha cafeteira e saí de lá bem feliz por finalmente poder cozinhar!
Pouco a pouco fui me familiarizando com tudo e fui entendendo como a cidade funciona. Acima de tudo, pude ter certeza de que ia amar morar aqui!
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