Antes de começarmos a explorar Siena precisávamos conseguir um lugar pra
Marcela ficar. Tínhamos olhado alguns hotéis, mas ela não tinha feito a reserva
em nenhum. Já estávamos saindo da residência quando resolvemos pedir uma
indicação ao porteiro. “Aqui!”, ele disse. Descobrimos que nas residências universitárias existe o serviço de
“foresteria”, ou seja, a pessoa passa uma ou duas noites na residência, como se fosse
hotel, mas infinitamente mais barato. E como é de fato infinitamente mais barato (mais da metade do preço do hotel mais barato que olhamos) a
Marcela decidiu ficar uma noite além do previsto. Como eu ainda não tinha colega de quarto, ela pode ficar comigo. Voltamos para o quarto onde ela
se acomodou e saímos. Já passava de meio-dia e estávamos morrendo de fome. Nada
mais justo do que sentarmos pra comer uma massa, pra variar.
Devidamente alimentadas, saímos sem saber muito pra onde ir (quando minha mãe ler isso ela vai me xingar por não termos nos informado antes! :D ). Eu sabia
que tínhamos a Piazza del Campo e o Duomo (catedral) pra visitar. Chegamos em
um lugar que tinha uma placa que indicava que o Duomo estava à esquerda e a
Praça à frente. Decidimos começar pelo Duomo. A visão do Duomo de Siena, assim
como a de todas as catedrais espalhadas pela Itália, é uma coisa incrível. Sua
construção começou em 1229 mas foi concluída apenas no final do século XIV. A
entrada no Duomo é paga, custa €12 mas também aqui é válido por dois
dias e o ingresso dá direito a quatro visitas: o interior do Duomo, Cripta,
Batistério e, o mais legal, o Museo dell’Opera.
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Duomo de Siena |
Começamos pelo museu, já que
estávamos com os ombros de fora e não poderíamos entrar na Igreja. Além disso o
museu fica exatamente ao lado da bilheteria, estava mais perto. Os museus italianos são mais ou
menos iguais (me julguem por esse comentário!) o que não os torna
(necessariamente) menos interessantes. E ainda assim eu e a Marcela, que não
somos especialistas em arte nem nada), conseguimos passar horas dentro deles
explorando todos os cantos. Nesse especificamente tem várias salas dedicadas
principalmente ao sacro: pinturas, iluminuras, esculturas, relíquias, etc.
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De alcinha não dá pra entrar! |
Em
um determinado momento nos deparamos com uma fila. Entramos mesmo sem saber pra
que era e aí vem a parte mais legal: a vista do novo Duomo! A história é a
seguinte: em 1339 foi decidido que o Duomo original seria ampliado e transformado
numa Catedral enorme, no entanto o projeto foi interrompido por causa de
problemas econômicos causados pela peste negra e de problemas estruturais.
Depois que o projeto foi abandonado, parte do que fora construído foi então
demolida. O que sobrou disso tudo foi transformado no Museu dell’Opera e dá
acesso ao alto de uma das paredes restantes de onde se vê toda Siena!
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Novo Duomo (ou o que restou dele) |
O tempo estava
fechando (embora não tenha chovido) e lá em cima estava com um vento ótimo! Uma
das coisas que mais nos chamou a atenção é o fato de que Siena é uma cidade
marrom. Completamente marrom. Grande parte das construções não são revestidas
e, quando são, são pintadas de cores sóbrias, tipo tons de bege e... Marrom!
Até tem uma ou outra coisa amarela, mas mal dá pra ver... Infelizmente, como a
fila era grande, passado algum tempo tivemos que descer...
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A cidade marrom! |
Já estava no final da tarde e àquele ponto não compensava visitar mais
nada. Perdi um tempinho tentando resolver coisas relativas à internet e celular (que simplesmente parou de funcionar, tive que comprar um chip novo...) e então sentamos em um bar pra tomar/comer (sei lá) um delicioso creme de
café gelado e ficamos rodando por ali, mas não por muito tempo. Além de termos feito muita coisa, ainda tinha
o cansaço da viagem. Voltamos pra casa pra nos prepararmos pro dia seguinte!
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