Ida a Napoli
Dez dias depois de chegar em Siena, voltei pra Roma que, dessa vez, não
era meu destino final. O plano era passar o final de semana em Napoli, no sul
da Itália. Sai de Siena sexta à tarde e encontrei com a Marcela em Roma.
Resolvemos não reservar hotel de novo, mas fiz uma pesquisa antes e já deixei
escolhido alguns que tinham um preço bom com os respectivos endereços. Anotei
uns lugares legais pra ir mas no fim das contas fomos sem nenhum roteiro
programado.
Saímos de Roma no sábado cedo. A vantagem é que como Napoli é uma cidade
grande tem trem direto. Chegamos cedo à estação mas como deixamos pra entrar no
trem mais ou menos em cima da hora (uns 15 minutos antes de ele sair), já
estava bem cheio. Por sorte, ainda assim conseguimos sentar juntas e eu não
precisei viajar de costas (não dou conta, passo mal...). São 2h20 de
viagem e mais uma vez praticamente não dormi. Ao meu lado tinha uma mulher de
uns 30 e poucos anos que dormiu quase o tempo todo. Já no finalzinho, quando
ela acordou, nos ouviu falando uma língua diferente mas viu que a Marcela
carregava uma revistinha em quadrinhos em italiano. Curiosa, puxou assunto.
Contamos que somos brasileiras mas que estudamos italiano há um tempo e que
passaríamos o final de semana em Napoli. Quando contamos do nosso plano de
procurar uns hotéis perto da estação Central ela disse que talvez não fosse uma
boa ideia porque a região é perigosa e tal. Mas também não nos indicou nada. Ficamos com
aquilo na cabeça e chegando na Estação resolvemos pedir alguma indicação no
posto de informações. A mulher, além de nos dar um mapa e um guia da cidade, nos
indicou dois albergues. Um deles estava cheio, então fomos para o outro. Pegamos
a linha 2 do metrô (que parecia mais um trem) e descemos em Mergellina, uma
estação lindíssima.
Parte externa da Estação Mergellina |
Saindo da estação, segundo a moça do balcão de informações
da estação central, o hostel estaria “logo ali” (tradução minha. Hahaha!), mas
não o vimos. Peguei meu celular, cujo GPS costuma ser bem preciso e fomos
seguindo até o endereço que tínhamos. Chegamos a um lugar esquisito, meio em obras, com um túnel ao final.
Desconfiadas, resolvemos voltar e perguntar. Era ali mesmo. Antes do túnel
deveríamos virar à direita e o albergue seria a única coisa que encontraríamos
por lá.
Tirei a foto de costas pro túnel.. |
O lugar era meio deserto e bateu um medinho, principalmente diante da
fama de Napoli, que não é das melhores no quesito segurança.. Por lá só tinha muito lixo e uma placa velha indicando o “Ostello per la Gioventù”. Não era o nome que
estávamos esperando, mas continuamos o caminho. No caminho cruzamos com vários gatos, o que não é comum na Itália. Eu que sou apaixonada por gatos estava
achando todos lindíssimos até reparar que um estava meio ensanguentado e tinha
um pombo morto logo à frente. Provavelmente o sangue vinha dali...
Estávamos
bem desconfortáveis com aquilo tudo quando vimos um prediozinho com zilhões de
degraus pra chegar lá em cima. Devia ser lá, era o único prédio que tinha,,, Decidi subir pra ver qual era enquanto a Marcela
me esperaria lá em baixo. Estava um calor infernal (Sai de Siena com chuva e 14
graus. 20 e poucos em Roma e quase 30 em Napoli!), minha mochila estava pesada
e aquela escada parecia interminável! Chegando lá em cima, descobri que
estávamos no lugar certo e, para a minha surpresa, era um hostel bem legal com
um ambiente agradável. Fui até a recepção onde fui atendida por um senhor
simpático e quando voltei para chamar a Marcela ela já estava quase chegando lá
em cima – ela ficou com medo de me deixar sozinha lá em cima e eu estava
demorando demais!
Primeira vista do albergue |
Fizemos o check-in, mas ainda era meio-dia e só poderíamos
ocupar o quarto às 14h. O melhor a se fazer era ir almoçar... Tínhamos visto no
nosso guia um restaurante de comida brasileira e resolvemos perguntar ao senhor
da recepção onde era. Ele procurou o endereço no Google e vimos que era
relativamente perto. Topamos a caminhada! O que será que nos esperava? Arroz,
feijão, bife e batata-frita? Churrasco? Comida mineira? Sempre guiada pelo meu
GPS fomos andando. O problema é que o Google indicava um lugar e o guia outro.
Ambos na mesma rua, sempre à beira-mar, mas em pontos diferentes. Passamos primeiro pelo lugar que
o Google indicou e não achamos nada. Fomos então até o número indicado no guia.
Nada também. A decepção foi enorme! Paciência!
Já morrendo de fome, paramos no primeiro restaurante que vimos aberto (a Itália é o único lugar no qual restaurantes fecham na hora do almoço...) e fomos comer. O restaurante era super chique mas àquela altura do campeonato não estávamos ligando pra mais nada. Tudo o que mais queríamos era tirar a mochila das costas, comer alguma coisa, e beber algum trem bem gelado! Resolvemos comer pizza, que era o que tinha de mais barato no cardápio. Além disso, a pizza de Napoli é super famosa! A pizza era tipo a de Roma que comemos com minha prima, massa bem fininha pra ser comida individualmente. Eu particularmente adorei a minha! Deixei as bordas de lado e comi quase toda. Já a Marcela, coitada, definitivamente não se adaptou à pizza italiana... Na hora da conta, uma surpresa: tivemos que pagar uma taxa de €3 cada uma por termos sentado na parte interna do restaurante!! Paciência, pelo menos o ar condicionado tava bom... Alimentadas e um pouco descansadas, voltamos pro hotel pra deixarmos nossas coisas e começarmos a turistar...
Já morrendo de fome, paramos no primeiro restaurante que vimos aberto (a Itália é o único lugar no qual restaurantes fecham na hora do almoço...) e fomos comer. O restaurante era super chique mas àquela altura do campeonato não estávamos ligando pra mais nada. Tudo o que mais queríamos era tirar a mochila das costas, comer alguma coisa, e beber algum trem bem gelado! Resolvemos comer pizza, que era o que tinha de mais barato no cardápio. Além disso, a pizza de Napoli é super famosa! A pizza era tipo a de Roma que comemos com minha prima, massa bem fininha pra ser comida individualmente. Eu particularmente adorei a minha! Deixei as bordas de lado e comi quase toda. Já a Marcela, coitada, definitivamente não se adaptou à pizza italiana... Na hora da conta, uma surpresa: tivemos que pagar uma taxa de €3 cada uma por termos sentado na parte interna do restaurante!! Paciência, pelo menos o ar condicionado tava bom... Alimentadas e um pouco descansadas, voltamos pro hotel pra deixarmos nossas coisas e começarmos a turistar...
Pelo menos a vista era bonita! |
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