Retrospectiva anos 2010: 2011

2011 foi definitivamente um ano intenso. No final de 2010 comecei a fazer cursinho para a segunda etapa do vestibular e janeiro foi uma maratona. Foram três semanas seguidas: USP, Unicamp e UFMG, três dias de prova para cada faculdade. A vantagem é que foram todas em BH, mas lembro de chegar em casa, principalmente após as provas da Unicamp, morrendo de dor na mão e quando eu fechava os olhos eu só conseguia me ver escrevendo, escrevendo e escrevendo. 

Logo depois do vestibular fui para Salvador com minha mãe e meu lado axezeiro ainda estava aflorado: fui no Festival de Verão e pensei seriamente em voltar pro carnaval, mas ficaria caro demais. Em compensação fomos a um show do Gilberto Gil que foi um dos melhores que já assisti!




Em algum momento de fevereiro saíram os resultados dos vestibulares: na segunda, foi o da Unicamp e passei. Na terça, USP. Também passei. Na quarta, UFMG. Estava no cinema com uma amiga quando o último resultado saiu. Já no final do filme, ela começou a chorar pois soube que não tinha passado. Fomos para a casa dela enquanto eu esperava que minha mãe me buscasse e eu nem olhei o resultado, pois sabia que meu nome estava lá e eu sabia que teria que fazer uma escolha difícil. Quando minha mãe me buscou comecei a chorar, mas não era de alegria. Não nos falamos no caminho até em casa e quando chegamos fui direto para o meu quarto. Minha professora do cursinho me ligou para dar os parabéns e, me ouvindo chorar, disse que entendia a emoção, era muito bom passar no vestibular. Preferi não render o assunto. No fim das contas eu sabia qual era a decisão correta, por algum motivo eu sabia que eu devia ficar, mas naquele momento não era o que eu queria. Uma tia, que é professora da Unicamp, também me ligou e foi a partir da minha conversa com ela que tomei a decisão final de ficar na UFMG mesmo.


Escolhi estudar francês. Eu já falava italiano e parecia fazer mais sentido escolher uma outra língua. Não gostei do francês e, durante aos aulas eu me sentava perto da janela e via admirada a professora do italiano. Ainda no primeiro ou no segundo mês de aula fui conversar com ela, sem saber muito bem o porquê, mas aquela conversa mudaria todo o rumo da minha graduação. Ela me fez entender que já saber o italiano – e ter aprendido a língua ainda criança – era o meu diferencial e eu estava à frente de todos aqueles que estavam começando do zero na faculdade. Me disse que tudo bem aprender francês, por que não, mas que ali não era escola de idiomas, mas um curso de formação de professores e que eu tinha que investir no meu ponto forte. Ainda naquele semestre fiz as provas para eliminar as disciplinas do italiano e mudei a minha habilitação. No segundo semestre fui aprovada em primeiro lugar no processo seletivo para dar aulas de italiano no CENEX, o curso de línguas oferecido pela Faculdade de Letras. Comecei a dar aulas no meu terceiro semestre de faculdade.

Meus primeiros amigos foram aqueles que fizeram cursinho comigo. Íamos para a sala da “mágoa” fazer trabalhos em grupo e íamos pra pracinha da faculdade tomar café. Fiz aula de forró e comecei a fazer auto-escola.





Logo que passei no vestibular, meus pais resolveram me dar uma viagem de presente, já que não teriam que pagar faculdade ou me sustentar fora de BH – e foi aí que comecei com o blog. Rodei agências, pesquisei cidades, mas no fim das contas minha escolha foi por fazer um curso de inglês em Bristol, na Inglaterra e, apesar da ansiedade, viajei em julho. Comecei a namorar na véspera da viagem e isso acabou me deixando meio presa. De manhã eu ia para o curso de inglês e terça e quinta fazíamos aulas temáticas. Escolhi as aulas sobre música e foi bem interessante estar na Inglaterra fazendo esse curso quando a Amy Winehouse morreu. À tarde costumava sair para passeios da escola e com minhas colegas do curso e, após o jantar, passava horas no Skype com meu então namorado e raramente saía. Como sempre foi uma experiência que me tirou da zona de conforto, por estar sozinha em um país estrangeiro, mas ter um namorado que me exigia horas de Skype limitou isso um pouco. De qualquer maneira, pelo menos uma amizade ficou até hoje!






O segundo semestre foi bem mais monótono. Mas acabei me afastando de todos os amigos que fiz anteriormente, pois segundo meu ex, não eram meus amigos de verdade.

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