Mineira na praia: Pontal do Paraná

Às vésperas de completar um ano morando em Curitiba, devo dizer que esse ano não foi nem de longe o que eu esperava. A essa altura eu, que ainda não conhecia o sul do país, esperava, no mínimo, ter conhecido o Paraná inteiro e, de quebra, Santa Catarina!

Mas não foi assim. Se eu achava impensável que no meu aniversário, em outubro, ainda houvesse pandemia, hoje, há um ano do início dessa loucura, não temos nem perspectivas do fim.

E se há um ano, com um ano baixíssimo de casos e mortes, tínhamos medo, agora aprendemos a não nos importar com isso, ainda que os números sigam subindo. E se por um lado máscara e álcool e gel viraram parte do corpo, por outro, comecei a concessões e começamos a sair de casa, para uns poucos restaurantes que sabemos que se cuidam, na medida do possível.

Numa dessas, eu e o Marcus resolvemos ir à praia. Uma das coisas mais frustrantes para a mineira aqui foi mudar para um estado com praia e ainda não ter visto o mar. Decidimos aproveitar o carnaval e, como não sabíamos nem mesmo pra onde ir, a busca no google foi direta: “praias Paraná”. Achei um blog que falava de cada praia paranaense e de cara excluímos todas com adjetivos como “movimentada”, “badalada” ou qualquer coisa parecida com isso. No fim das contas escolhemos a praia de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná que, segundo relatos, era tranquila e familiar. Escolhemos a única pousada que não estava super faturada e reservamos.

Antes de ir, o que os nativos nos diziam é que Pontal do Sul “é meio deserto”, “não tem ninguém” e essas coisas. A cada comentário desse, sabíamos ter feito a escolha certa.

A viagem foi bem tranquila e demoramos cerca de 1h30 a partir de Curitiba. Tenho vista pra Serra do Mar do meu apartamento e amei atravessá-la, a estrada é super bonita, muito diferente das estradas em meio ao cerrado mineiro que estou acostumada. Além disso, a rodovia não estava tão movimentando e só pegamos trânsito na chegada a Pontal do Paraná. Chegando em Pontal do Sul, vimos que de fato nossas suspeitas estavam corretas: ali definitivamente não era uma região muito turística. Não há prédios, pousadas, restaurantes e nem nada que um cidade “badalada” teria.


Nossa pousada ficava pertinho da praia, há uns 10 minutos de caminhada. Era bem simples, mas limpa, a cama confortável e os donos super atenciosos. O acesso à praia é feito por uma ponte que atravessa a restinga que divide a praia da cidade. Chegando na praia só tinha um food truck de pizza feita no forno à lenha (???), outro de pastel, churros e umas poucas pessoas. E era justamente aquilo que estávamos buscando, era perfeito! Além disso, o clima estava perfeito, contra todas as previsões: fresco e sem chuva! Mas já passava das 14h e precisávamos almoçar, e para isso, teríamos que andar um pouco mais. Havia anos que eu não colocava meus pezinhos na água então obviamente quis ir pelo mas e foi uma delícia sentir as ondas e a água, que, para a minha surpresa, era deliciosa!

 

  


O restaurante, o único da redondeza, fica perto do canal de onde saem as balsas para a Ilha do Mel. Até então não sabíamos que era tão perto! Pouco antes dele, perto dali, tinha alguns bares com música ao vivo, pagodão rolando, gente aglomerada... Enfim, o caos! Com máscara no rosto, passamos por ali o mais rápido possível. Chegando, sentamos na área externa que fica bem na saída do canal. Uma porção de batata-fria, caipirinha e tim-tim! Um brinde à praia e ao nosso primeiro passeio em terras paranaenses!

 



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