Morro do Getúlio - Campina Grande do Sul

    Uma coisa que a pandemia trouxe foi a necessidade de busca por passeios em lugares abertos e sem gente. Pensando nisso, eu e Marcus resolvemos finalmente tomar vergonha na cara e começar a explorar algumas trilhas próximas a Curitiba. Marcus já tinha feito algumas trilhas antes, mas eu só tinha subido a Serra do Curral, em BH, que é mais uma caminhada ao ar livre, curta e bem tranquila.

    Marcus, que chegou em Curitiba antes de mim, sugeriu o Morro do Getúlio, que é uma parada a caminho de outros picos mais altos como o Itapiroca, Caratuva e o Pico Paraná, a montanha mais alta do sul do Brasil, mas, obviamente, ainda não chegamos lá.

    O morro do Getúlio tem 1490m de altitude e são 4,51km de trilha. Ele fica em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. Para chegar lá, basta colocar “Fazenda Pico Paraná” no GPS. São 48 km saindo do centro, passando pela BR 116 (rodovia Régis Bittencourt) sentido São Paulo.

    Chegando na Fazenda, tem uma área de estacionamento e camping, com lanchonete e banheiros, e a entrada é de R$10 por pessoa. O primeiro passo é preencher um formulário com os dados do carro, de quem fará a trilha, telefone e morro de destino. Esse formulário serve como controle e segurança em caso de qualquer incidente.



    Após algumas instruções de segurança e uma ida ao banheiro, começamos a subida. Todos os blogs falam que a subida até o Getúlio é fácil, mas ainda assim exige um mínimo de preparo. Fomos em meados de abril e estava uma manhã bem fria e com bastante neblina, o que não foi ruim, apesar do choque térmico inicial. Logo no início fica uma parte mais íngreme da trilha que já me deixou bem ofegante. Além disso, como machuquei minha panturrilha ano passado, senti um pouco de dor. Mas logo que o corpo esquentou, isso tudo passou. Optamos por subir com calma, fazendo algumas paradas rápidas pra recuperar o fôlego e beber água.

    Nossa parada mais longa foi na chamada Pedra da Desistência. O nome é bem auto-explicativo... Ali já rendeu umas fotos bem bonitas e um visual lindo da neblina que ainda dominava a paisagem.



    A partir daí a subida fica menos íngreme na maior parte do percurso, o que não significa que seja necessariamente fácil pra quem não está acostumado com trilhas e não está com o preparo físico em dia, como eu. Apesar disso, não enfrentei grande dificuldades, nem em termos físicos, nem técnicos. Dizem que a subida demora cerca de 1h30. Não marcamos o nosso tempo, mas demoramos mais do que isso. 


    Ao longo da subida a neblina foi baixando e chegamos lá em cima com um céu azul e um visual de tirar o fôlego da represa do Capivari e dos outros picos! Tinha pouca gente lá em cima, uma família com um bebê e um grupo com um drone barulhento, mas logo acabou a bateria do drone e eles desceram, então pudemos curtir a vista em paz, comer um lanchinho, beber água e descansar antes de voltarmos.



    A descida não é necessariamente mais fácil, principalmente pelo cansaço das pernas, e eu, particularmente, fico com mais medo de pisar em falso e torcer o pé. Pouco tempo antes, eu havia comprado em uma promoção um tênis próprio para trilhas. Ele é baixo, não é uma botinha, então não deu muita sustentação ao tornozelo, mas o solado deu muita aderência ao solo, o que foi ótimo e evitou vários escorregões. Mesmo com o cansaço nas pernas, chegamos à base sem incidentes graves! Finalizamos a trilha com um pastel e uma Coca pra recuperar a energia antes de voltarmos pra Curitiba!

 




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