Passeando (mais) por Roma!

Acho que nunca andei tanto na minha vida quanto esse dia!

Após a visita à Basílica de São Pedro, passamos em casa pra trocar de roupa e por alguma coisa mais apropriada pro calor que estava fazendo. De lá encontramos no metrô a Nati, minha prima que estava morando em Roma, e fomos dar mais voltas. Queríamos ir ao Pantheon e ela topou não só nos acompanhar mas também nos levou a vários outros lugares. A primeira parada foi a Piazza Navona, onde, por acaso, fica a Embaixada Brasileira (informação importante, inclusive!). Lá tem (pra variar) três fontes famosas sendo que a do meio, a Fontana dei Quattro Fiumi, serve de base para um obelisco egípcio. Conta a história que onde hoje é a praça, antigamente era um estádio onde eram feitas corridas de barco. Só não sei como!





Vista a praça, continuamos nossa caminhada, tranquilas. Paramos em uma livraria onde ficamos uns bons minutos, continuamos tirando foto de tudo o que víamos até que ao sair de uma ruazinha estreita... Pantheon!! Eu preciso confessar que o impacto inicial ao ver o Pantheon foi maior do que o do Coliseu. Talvez porque eu não estivesse esperando que ele estivesse ali. Talvez porque na minha lembrança (se é que eu ainda tinha) de 10 anos atrás ele não fosse tão grande e bonito. A expectativa sem dúvida influencia muito nas primeiras impressões... O interessante do Pantheon é que era originalmente um templo pagão, dedicado a Vênus e Marte, mas, em março do ano 609 ele foi transformado em igreja cristã. Por um lado é uma pena pois a tradição anterior acabou se perdendo. Por outro, só por isso o prédio foi conservado, caso contrário teria sido abandonado ou destruído... Ele é redondo e mede cerca de 43m de diâmetro. A cúpula é uma única estrutura sempre seguindo o padrão circular e, no alto dela, tem uma abertura de cerca 9m de diâmetro por onde passa o sol, a ventilação e a chuva! No entanto o chão de mármore tem um formato ligeiramente convexo com 22 buracos espalhados que permitem o escoamento da água. No centro do Pantheon tem um altar e, em volta, nichos com estátuas e capelas com túmulos de mártires cristãos que foram levados pra lá quando o local foi transformado em Igreja, dedicada, então, a “Santa Maria dos Mártires”.






Saindo do Pantheon, seguimos pra famosa Fontana di Trevi, que está em restauração. Eu já sabia disso, mas confesso que vê-la toda cheia de andaimes foi bem frustrante! Fizeram uma espécie de piscininha pra que os visitantes joguem as famosas moedinhas pra fazer um pedido. Eu até joguei, mas não teve muita graça não. Além disso tem uma passarela que passa em meio às obras. É interessante porque a passarela nos permite ver a Fontana bem de pertinho, mas, por outro lado, a gente não pode parar, tem que passar rapidinho e ela realmente não está tão bonita em meio às obras...





Continuando a caminhada, fizemos uma pausa pra descansar numa espécie de praça. É um lugar diferente, pois tem uma arquitetura bem moderna, diferente de tudo que tem em Roma. A melhor parte é que tem umas fontes com água corrente onde dá pra molhar os pezinhos, refrescar e ser beeem feliz!



Baterias ligeiramente recarregadas, bora continuar a andar! Fomos pra beira do Tevere (ou Tibre...), o principal rio de Roma, a partir do qual foi fundada a cidade, e o terceiro maior da Itália. À beira do Tevere está o Castel Sant’Ângelo, uma fortaleza projetada pra ser o túmulo de Adriano (quanta mania de grandeza!), mas depois foi fortificada para servir como ponto estratégico de defesa nas batalhas. Posteriormente foi construído um longo corredor ligado ao Vaticano através do qual era feita a passagem dos papas em caso de perigo. O local também foi usado como prisão e local de tortura. Não chegamos a entrar no Castelo, mas é uma fortaleza bem imponente. A ponte que da acesso tem estátuas de anjos dos dois lados e as estátuas de São Paulo e São Pedro no início...






Descemos então à beira do Tevere e continuamos nossa caminhada até o Trastevere, um tradicional bairro romano. A essa altura do campeonato já estava anoitecendo, estávamos cansadas e com fome (nossa última refeição fora na saída do Vaticano!). Minha prima então nos levou a uma pizzaria por lá. Aqui na Itália não existe essa cultura da “pizza gigante com três sabores”, ao contrário, as pizzas são individuais. Mas não são brotinhos, são maiores do que isso. Imaginando que não conseguiríamos comer uma pizza cada uma, pedimos três que dividiríamos entre nós: marinara (molho vermelho e alho), prosciutto (massa branca, presunto cru, e mussarela) e diavola (molho vermelho e lingüiça picante). De fato a pizza, em relação ao diâmetro é maior do que a nossa brotinho. Mas atenção! Quando falamos em pizza no Brasil imaginamos a massa, molho vermelho, muito queijo e, a partir daí, pensamos no recheio. Isso não funciona aqui na Itália. Pra começar temos a massa branca e a vermelha. A vermelha vem com molho, a branca não. Isso significa que a pizza de prosciutto, por exemplo, não tinha molho nenhum. Só um azeitinho. Outra coisa: queijo não é ingrediente básico. Então só encontramos queijo na pizza de prosciutto. E mesmo assim eram uns cubinhos espalhados... Nem presunto na pizza inteira tinha, inclusive. Tinha uns três ou quatro pedaços, e como não rola de partir, quem não saísse com o pedaço premiado ficava sem presunto. Resumindo, os ingredientes básicos da pizza que coloquei não são apenas os ingredientes básicos da pizza, mas são todos. Quando chegaram as pizzas olhamos pra ela com uma certa decepção. A pizza era grande, mas cadê o recheio? Comemos, e no fim das contas, talvez pela fome, até que achei boas!



Algum tempo de fofoca na pizzaria antes de terminarmos nossa caminhada. Fomos andando até o Vaticano (de novo!) que fica bem bonito à noite! Alguns selfies depois, voltamos pra casa. Mortas!




Comentários

Postagens mais visitadas