Praia de Ostia e noite à beira do Tevere!

Finalmente chegou o sábado, 30 de agosto, aniversário da Marcela! Precisávamos comemorar em grande estilo! Pela primeira vez o aniversário dela seria no verão, então aproveitamos para pegar praia! Acordamos cedo e fomos pra Ostia, uma cidadezinha perto de Roma, no litoral. É bem fácil ir pra lá, e barato, já que usa-se o bilhete do metrô de todo dia. Pegamos o metrô A até a estação Termini, onde pegamos o metrô B, direção Laurentina. Descemos então na estação Piramide onde pegamos  a Ferrovia regionale Roma – Lido. Até então eu não sabia que “lido” significava praia. Não sabíamos exatamente para onde iríamos, sabíamos que o destino era Ostia, mas o trem tinha várias paradas em Ostia: Ostia Antica; Ostia – Lido Nord; Ostia – Lido Centro e Ostia – Stella Polare. Até pesquisamos pra ver onde era melhor, mas não achamos muita coisa, então usamos a seguinte estratégia: vimos muita gente com roupa de praia, então onde o fluxo maior descesse, desceríamos. Perto de nós havia um grupo de adolescentes, e pensamos que elas também saberiam onde ir.

Chegando em Stella Polare, a movimentação no trem foi grande – inclusive as adolescentes se prepararam pra descer. Decidimos então descer ali e seguir as meninas. Não precisamos andar muito até ver o mar de longe! Chegando à beira da praia, nos deparamos com algo no mínimo inusitado: ao longo da areia tem espécies de pousadas/quiosques fechados que são bem interessantes. Parece um conjunto habitacional em miniatura, são váárias casinhas iguais sempre na areia da praia. Na frente de cada uma dessas casinhas, um guarda-sol e espreguiçadeiras. Obviamente procuramos um lugar aberto, onde não precisaríamos pagar para estar, e não foi difícil achar.

Fui amadora de tirar a foto de longe!
A praia de Ostia não é a mais bonita do mundo, a areia é escura e bem grossa, o mar praticamente não tem ondas, mas a temperatura da água é uma delícia! Felizmente a praia não estava muito cheia, então estendemos nossas cangas e nos acomodamos.



Uma das coisas que nos chamou a atenção é o fato de a praia ser bem silenciosa. Nem as crianças eram muito barulhentas! Faltou um axé pra animar o ambiente! :D Outra coisa silenciosa: vendedores ambulantes. Eles estão por toda parte, inclusive na Itália. A diferença é que no Brasil costumam ser carismáticos, falantes e têm sempre uma música própria pra anunciar os seus produtos. Em Ostia os vendedores eram basicamente indianos, mal falavam italiano e vendiam pulseirinhas e óculos escuros. A técnica de venda era bem simples (e chata): parar na nossa frente, pegar uma pulseirinha, colocar na nossa cara e tentar vender de todo jeito (mais com gestos do que com palavras). Nada de carrinho de picolé, milho-verde, queijo coalho, tererê, tatuagem de rena...




O dia estava quente, o sol estava fritante. Por estarmos na parte aberta da praia não tínhamos nada além da areia e do mar. As meninas então tiveram a brilhante ideia de alugar um guarda-sol! Foram €5 que salvaram nossas vidas (ou, no mínimo, nossa pele. Literalmente!). No meio da tarde, já bambas de tanto tomar sol, voltamos pra casa. Ainda pretendíamos continuar a comemoração do aniversário da Marcela à noite e precisávamos ter forças pra isso.



À noite fomos pra beira do rio Tevere, onde acontece no verão uma espécie de festival chamado Lungo il Tevere, que é um projeto organizado pela Associazione Culturale La Vela D’Oro. Durante o Festival, a beira do Tevere, entre a Piazza Trilussa e a Porta Portese, é ocupada por bares de todos os tipos, exposições, apresentações musicais, etc. Lá tem um clima bem bacana e é super organizado.



Acabamos agregando algumas pessoas no nosso passeio: a Natalie, uma vietnamita que estava no mesmo apartamento que a gente e a Priscila, uma ex-aluna minha e da Marcela que estava de passagem em Roma. Aproveitei a ocasião para experimentar o Spritz, uma bebida suuuper popular aqui na Itália feita com prosecco, água com gás ou seltz (um tipo de água gasosa) e Aperol (uma bebida italiana laranja que parece com campari). Detestei. As meninas pediram outra bebida bem popular por aqui, o Bellini, feito com espumante e suco de pêssego. Também não gostei. Passamos a noite comendo, bebendo, falando e tendo aulas de vietnamita! Descobrimos que a diferença entre "copo", "peixe" e "beringela" pode ser bem mais sutil do que parece... 


Eca! Spritz!
Infelizmente, embora a noite estivesse boa, estávamos mortas e não podíamos voltar muito tarde porque o metrô pararia de passar. Só faltou o sorvete...

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