Primeiro dia em Roma
No meu primeiro dia em Roma encontrei na estação do metrô com a Marcela, uma amiga que tinha chegado um dia antes de mim, e um outro cara que estava no apartamento junto com ela e que até então eu não conhecia. Nós duas planejamos a viagem toda juntas e foi ótimo encontrá-la estando finalmente na Itália depois de mais de um ano de espera.
Toda estação de metrô é equipada com máquinas automáticas pra comprar os bilhetes. Dá pra comprar o bilhete único (biglietto singolo, €1,50) que pode ser usado até 1h depois da compra; o bilhete diário (biglietto giornaliero, €6) que vale até às 23:59 daquele dia (que o metrô fecha às 23:30 quase todos os dias é só um detalhe! Hehe!) e o semanal (biglietto settimanale, €24). Existe também o bilhete mensal e anual, mas esses não podem ser comprados nas máquinas automáticas da estação. A vantagem desses bilhetes é que, tirando o bilhete único, o uso é ilimitado enquanto o bilhete for válido e servem para metrô, ônibus e trem!
Combinamos de nos encontrar às 9h para ir ao Vaticano. Achei um pouco tarde pra turistar, mas, por outro lado, bom pois poderia descansar um pouco mais. Além disso, teríamos um italiano que nos guiaria que concordou com o horário... Achei que ele sabia o que estava fazendo! Pegamos a linha A do metrô e descemos na estação Ottaviano. Saindo da estação é preciso descer uns 3 ou 4 quarteirões pra chegar na Praça São Pedro. São quarteirões lotados de gente, turistas do mundo inteiro, gente oferecendo visita guiada aos museus do Vaticano, ambulantes... Uma loucura! Como boas turistas, parávamos a cada 5 segundos pra tirar fotos ou dar uma olhada nas bancas de souvenirs! Mas no fim das contas eu mesma não comprei quase nada.
Finalmente chegamos na Praça São Pedro. Eu já tinha estado ali há pouco mais de dez anos, mas lembrava muito pouco de lá... Lembrava apenas que era uma estrutura imensa – e de fato é. Como previsto, acabamos chegando tarde demais... A fila pra entrar na Basílica São Pedro estava enorme, era sábado (não era dia de ver o Papa), então não tínhamos muito o que fazer ali, além de tirar algumas fotos. Já passava de meio-dia, estávamos com fome e o italiano resolveu nos levar pra almoçar na Estação Termini. Para a nossa surpresa, o plano dele era almoçar no Mc Donald’s... Já estávamos um pouco sem paciência com ele, talvez fosse a fome, então almoçamos lá mesmo pra acabar com isso logo. A comida italiana ficaria pra depois...
É sério isso? |
À tarde fomos ao Monumento a Vittorio Emanuele II, erguido no início do século XX para celebrar a independência italiana. Ele é um monumento grande e branco, destoando do padrão bege de Roma, mas que sem dúvida impressiona pela grandeza. Lá dentro, em princípio, não tem muita coisa não. Até que chegamos a uma espécie de terraço com uma vista linda de Roma! Acho que foi a parte que mais gostei... Lá tem o elevador que vai ainda mais alto, cuja subida é paga. Nem pensamos em ir... Dando a volta pelo terraço, para explorar a vista de Roma por todos os lados, finalmente nos deparamos com... Há! O Coliseu! Eu confesso que a primeira vista do Coliseu não acelerou meu coração como pensei que aconteceria, como aconteceu quando vi o Big Ben... Talvez por já tê-lo visto alguns anos antes. Ainda assim é um monumento lindo e grandioso, como toda Roma. Queríamos ir até lá, então descemos pelo outro lado onde tinha bustos e mais bustos de personagens históricos que não conhecíamos (o italiano adorava jogar isso na nossa cara...)
Tipo "Meet and greet" da Avril Lavigne! |
De lá seguimos à pé até o Coliseu! Ele é enorme, lindo, lotado de turistas, ambulantes e... Uma fonte de água! Uma fonte que jorra água potável (ou bebível) 24h por dia! Já tínhamos visto algumas dessas espalhadas por Roma mas só ali, diante do calor e da sede, resolvemos nos render a elas e descobrimos que a água é super fresquinha! Não sei de onde vem, pra onde vai, mas percebemos que não tem como estar em Roma e não beber água das fontes, até porque, dependendo do lugar, a garrafinha de água de 500 ml sai entre €1 ou €2, o que não é nada barato... A dica é ter sempre uma garrafinha de água pra encher nas fontes! Algumas fotos na frente do Coliseu e finalmente o italiano resolveu ir embora, o que foi um alívio enorme! Sozinhas eu e a Marcela pudemos nos abrir sobre o quanto ele é insuportável e não aguentávamos mais a presença dele. Ele queria nos levar na praia no dia seguinte, mas daríamos um perdido e não entraríamos de novo nessa encrenca de sair com ele!
Sempre com esse propósito, depois de darmos umas voltas, pensamos em passar no ap onde a Marcela está para que ela tomasse banho. Depois passaríamos no meu, eu tomaria banho e encontraríamos com minha prima que está morando em Roma desde fevereiro. Chegando no ap dela (cujo dono é o mesmo do ap onde eu estava), ficamos sabendo que tinha sido liberado um quarto onde ela estava e eu poderia me mudar ainda aquela noite! Deixamos os planos de lado pra fazer minha “mudança”. Depois de carregar malas e mochila por mais um bocado de tempo, pelo segundo dia seguido, vimos que aquela noite não ia rolar de fazer mais nada...
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