Disney's All Star: vale a pena?
Em nossa primeira viagem da casal para Orlando, eu e Marcus ficamos hospedados no All Star Movies, um dos hoteis dentro do complexo da Disney. Eu já havia me hospedado no All Star outras vezes, mas sempre no Music, que fica logo ao lado, sendo a última delas quando fui para o ICP, o programa de trabalho da Disney, em 2015 e, na época, fiquei só uma noite.
Apesar de ser um hotel de categoria econômica, com diárias a partir de US$149,82, ainda é mais caro que outros hoteis do mesmo padrão fora do complexo. Para nós, as duas grandes vantagens de ficar hospedado nos hoteis da Disney, independentemente da categoria, são os ônibus que saem ao longo de todo o dia para os parques e Disney springs – e vice-versa – e o Early Theme Park Entry, que é a possibilidade de entrar no parque 30 minutos antes da abertura oficial. Confesso que não usamos tão bem esse benefício, e ainda que esse tempo seja só para hóspedes, os hóspedes ainda são muitos e o ideal é estar de fato na entrada do parque no momento da abertura. De qualquer maneira, mesmo que sejam muitos os hóspedes, ainda é uma boa vantagem para as atrações mais concorridas. Além disso, é uma delícia chegar no hotel e já sentir aquele clima Disney, a lojinha, decoração, música... Na TV do quarto ainda tem um canal com a programação do dia, horário de funcionamento dos parque e tempo até a saída dos ônibus. Enfim, Disney por todo lado!
Uma coisa legal é a possibilidade do check-in online, feito pelo aplicativo My Disney Experience. Fizemos o check in antes mesmos de chegarmos a Orlando e logo que nosso quarto ficou disponível, apareceu o número dele no aplicativo. A abertura da porta do quarto também foi feita diretamente pelo aplicativo, dessa maneira, quando chegamos, fomos direto ao nosso quarto, sem precisar passar pelo balcão.
Os quartos do Movies são bem bons, foram reformados recentemente e já não possuem carpete (como das outras vezes que fiquei no All Star). Possuem como configuração geral duas camas de casal, mas uma delas é retrátil e se transforma em mesa. No banheiro, ainda tem a banheira, mas tiraram as cortinas e colocaram um box!
MAS no balanço geral, achamos que não valeu a pena ficar hospedado na Disney, pelo menos não no All Star. Em primeiro lugar, nós nos decepcionamos com a hospitalidade dos Cast Members (os funcionários da Disney). Não que tenha sido ruim, mas também não foi incrível como esperado. Foi apenas mais um serviço de hotel como qualquer outro, não teve um magical moment, uma troca marcante... Quando precisamos recorrer aos Cast members por algum motivo, como pra troca de ingressos – que fizemos no próprio hotel – ou para pegar encomendas, tivemos um atendimento bom, mas nada além. Aliás, pra pegar encomenda, quase rude. Falando em encomenda, vale lembrar que é cobrada uma taxa de US$6 por cada pacote recebido no hotel. Então pra quem pensa em fazer muitas comprar online, é bom contar com esse valor no orçamento.
Além disso, o hotel fica meio longe de tudo, e, no fim do
dia, depois de um dia de parque, isso faz diferença, pois só queríamos poder
descansar logo. Nós só usamos o ônibus do hotel, e o trajeto do/até os parques demorava
uns 20 minutos. Isso se der sorte de pegar o ônibus de primeira: sendo hoteis
mais “baratos”, ao fim do dia as filas pra pegar o ônibus de volta para o hotel
ficam enormes e, naturalmente, os ônibus enchem e é preciso esperar o próximo,
que pode vir logo em seguida ou não. Em alguns casos, ainda, dependendo do
modelo do ônibus, é possível que tenha que voltar em pé (mas sendo justos, isso
não aconteceu com a gente nenhuma vez). Além disso, obviamente, pagando a
tarifa mais barata, acabamos indo pros prédios mais afastados, o que depois de
vários quilômetros (no nosso caso, entre 9 e 20km por dia) andados no dia,
também faz diferença.
O segundo ponto é a Food Court, a praça de alimentação. As opções são até variadas, mas tudo muito caro, gorduroso e pesado. No café da manhã, bagel, ovos, bacon, batatinhas, waffles e omeletes (US$6 – US$12 + taxas). Pro almoço e jantar, pizza, hamburger, cachorro-quente e umas saladas (US$9 – US$16 + taxas). Além do freezer com sucos, iogurtes, frutas e coisas de padaria, que fica la disponível o dia inteiro. Tem também a caneca que dá direito ao refil de água e refrigerante, que custa US$22 por todo o período da estadia, mas considerando que só pode ser usada no hotel, acabou sendo pouco usada por nós. Eu até gosto dessas comidinhas gordurosas, confesso, mas depois do terceiro dia já queria alguma outra opção.
O hotel tem ainda duas piscinas e oferece algumas outras
atividades, como o dia da fogueira com marshmellows, mas considerando o pouco
tempo que tínhamos, não curtimos nada disso. Outro ponto negativo, foi o
serviço de arrumação que só passou uma ou duas vezes durante toda a nossa
estadia e sinceramente não entendemos o porquê. Então chegávamos no hotel
esperando as toalhas em forma de Mickey e o que víamos era o quarto do jeitinho
que havíamos deixado pela manhã. Inclusive, peço desculpas pela falta de fotos do quarto. No primeiro dia chegamos morrendo de fome e nem lembrei de fotos e depois disso o quarto nunca mais foi o mesmo!
Enfim, foi uma experiência ruim? Não. Mas achamos que em termos de custo benefício, para o nosso perfil, não valeu a pena, mas no fim das contas cada experiência é única. Também vale lembrar que ainda que era novembro de 2021, estávamos em um período ainda pandêmico e ainda havia certas limitações. Em princípio, eu não voltaria a ficar no All Star, mas ainda pretendo conhecer outros hotéis do complexo Disney!
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