Diferença entre Conexão e Escala

Quem viaja de avião provavelmente já ouviu falar de dois termos técnicos da aviação muito usados: conexão e escala. Ambos se referem a voos no qual o passageiro não vai direto ao seu destino, mas passa por outra cidade ou país antes. Certa vez fiz, por exemplo, um voo de Fortaleza para BH com escala em Teresina e conexão em Brasília. Mas qual a diferença?

Escala

Fazer escala em uma cidade significa que, embora o avião pouse nela, é necessário esperar dentro do avião até que ele decole novamente para seu próximo destino, que pode ser o destino final ou não. No entanto, isso não significa que os outros passageiros também não desembarcarão. Além disso, costumam embarcar outro passageiros que voarão apenas a partir daquela cidade. Por causa disso, é preciso ficar atento pois, em alguns casos é preciso trocar de assento na escala, em outros não. Para saber se será preciso trocar de lugar, basta conferir o cartão de embarque. No momento do check-in é emitido um cartão para cada trecho da viagem e em cada cartão está indicado o assento para aquele trecho. Geralmente, o tempo de espera dentro do avião é de cerca de 30 a 40 minutos. Além da troca de passageiros, durante a escala, costuma ser feito o reabastecimento da aeronave, especialmente no caso de voos mais longos. 

Conexão

Fazer conexão, por sua vez, significa que deverá ser feita a troca de aeronave, ou seja, o passageiro deverá descer do avião e embarcar em outro. Nesse caso, alguns detalhes importante devem ser observados: o tempo entre um voo e outro pode ser curtíssimo, o que significa que não dá para perder tempo no trajeto de desembarque e novo embarque com compras, banheiro, ou tirando fotos no aeroporto - foi o meu caso quando fiz conexão em Paris na volta de Bristol. Por outro lado pode ser que esse tempo seja enorme - foi o meu caso quando fiz conexão em Paris na ida pra Bristol - mas nem por isso dá pra descuidar do horário, senão perde-se o voo por bobeira. Além disso, em alguns casos, é preciso sair da área de embarque e embarcar de novo (muitas vezes em terminais diferentes), em outros casos o passageiro já fica na sala de embarque onde desembarcou e espera o próximo voo ali mesmo. Todas essa informações estão escritas no cartão de embarque e, por isso, é sempre importante mantê-lo bem guardado mas em algum lugar de fácil acesso. No caso de conexões, não é preciso fazer novo check-in (o check-in para cada trecho é feito na cidade de origem e, portanto, não é preciso preocupar com as malas que serão entregues direto no destino final. Nesse caso também é emitido um cartão de embarque para cada trecho.

As conexões de voos internacionais podem ser um pouco mais complexas, mas é só ficar atento aos detalhes e às normas de cada país. Em alguns casos é feita a imigração (processo no qual você registra que está dando entrada em um país, seja em um país estrangeiro ou no país onde mora) na primeira cidade onde você para. Um passageiro que vai pra Nova Iorque com conexão em Miami, por exemplo, precisa fazer imigração em Miami e, por isso, em Miami, precisara pegar as malas, fazer imigração lá, fazer novo check-in e despachar as malas novamente. Quando a conexão é feita em um país diferente do país de destino, geralmente não tem esse tipo de problema. Alguns países exigem visto para o turista em trânsito, ou seja, aquele que está no país por força de conexão apenas. Em alguns casos esse "trânsito" pode durar até uns dois dias. Acho que os EUA são um desses países. No meu caso, quando passei por Paris para ir pra Bristol, não precisei de nada disso:  nem de visto, nem de fazer imigração, nem de novo check-in, então foi como se fosse um voo nacional, o que facilitou muito as coisas!