De volta a Firenze

Um dia desses, andando por Siena, eu e a Ana nos deparamos com uma placa do espetáculo Quidan do Cirque Du Soleil. Demos aquela olhada uma pra outra e resolvemos ir. Dentre as várias cidades entre as quais o espetáculo passaria estava Firenze que é aqui pertinho e isso facilitava muito as coisas. Compramos os ingressos pela internet e nos foram enviados por correio, então não precisamos preocupar com eles.

Fomos para Firenze de trem, sexta-feira no final da manhã. A vantagem é que tem trem direto para Firenze por €8,70 e a viagem demora 1h32. O plano era dormir uma noite em Firenze, então no caminho fui pesquisando alguns hotéis. Como já tínhamos ido pra lá antes sabíamos que era tranquilo ficar perto da estação e isso facilitaria muito a nossa vida. Deixei separados uns 3 hoteis na região que tinham quartos disponíveis a um preço bom. Chegando lá fomos direto ao primeiro e ficamos por lá mesmo. O quarto era bem grande! Nos acomodamos, nos arrumamos e saímos. Compramos os nossos ingressos para sexta-feira à tarde pois assim não teríamos problemas ao voltar pro hotel depois. Comemos perto do hotel e seguimos para o Cirque que aconteceria no Nelson Mandela Forum. Pegamos um ônibus e fomos nos guiando com ajuda do Google Maps. Descemos um ponto depois do que deveríamos, mas o prejuízo não foi grande. O prejuízo maior foi não saber onde ficava a entrada e termos dado uma volta quase inteira no estádio!

Chegamos já em cima da hora, mas em tempo. Tiramos uma foto em frente ao banner da peça e entramos. O espaço era bem grande mas, apesar de estarmos um pouco longe, dava para ver bem! Tínhamos uma boa visão de todo o palco, mas tive que por os óculos pra não perder nenhum detalhe... O espetáculo, como eu disse, era o Quidam, a história de um transeunte anônimo (o Quidam) e uma menina enfurecida que se encontram no mundo deste homem solitário. Entre números com acrobáticos, circenses, teatrais, etc. é tudo muito lúdico e lindo! Tanto eu quanto a Ana já tínhamos visto essa peça antes, mas valeu a pena rever cada minuto!

No saguão externo do Nelson Mandela Forum, tinha uma exposição super massa sobre direitos humanos com fotos e textos sobre política, racismo, feminismo, trabalho infantil, guerra etc. Então, no intervalo do teatro aproveitamos para ver a exposição.

"Naquele mundo de homens que é a guerra, não tem nunca ninguém que ouça uma mulher." Elias Canetti

"1985 Brasília, Brasil. Brasileiros festejam durante as primeiras eleições democráticas"

"Eu nutri o sonho de uma sociedade democrática e livre onde todos pudessem viver em harmonia e com iguais oportunidades. É uma ideia pela qual espero viver e realizar." Nelson Mandela

Saindo de lá, pegamos um ônibus lotado e voltamos pra estação. Não tínhamos muito o que fazer, então resolvemos dar uma volta na região do Duomo, até que o cansaço bateu. Na véspera fomos jantar na casa de uns amigos e tínhamos dormido pouco... A fome também bateu, então fomos procurar um lugar para jantar e depois iríamos voltar pro hotel. Pensamos em voltar no mesmo restaurante que fomos da outra vez que era bom e não muito caro, mas estava lotado. Sempre indecisas (duas librianas juntas são um problema na hora de escolher qualquer coisa!) e cansadas de rodar, em um certo ponto decidimos entrar no primeiro restaurante que apareceu. O lugar em si era até legal, mas o atendente era estranho, tinha um sotaque estranho que não conseguimos identificar dee onde era e um cheiro meio estranho também. Pelo cardápio deu pra ver que era um daqueles pseudo-restaurantes italianos pra enganar turista. Em restaurante nenhum da Itália (além desse) encontraríamos “Fettuccini Alfredo”... Em um certo momento entrou um casal de brasileiros. Eles sentaram, olharam o cardápio, ficaram um pouco e desistiram. Talvez devêssemos ter feito o mesmo... Mas ficamos e comemos e, obviamente, não estava lá muito bom. Paciência!

Devidamente alimentadas, voltamos pro hotel para descançar. No dia seguinte ainda teríamos um longo dia de turistas!