Milão
Final de ano chegou… E com ele vem um monte de
sentimentos de saudade de casa, da família, mas também aquela tristeza de pensar que a partir de agora o tempo
vai voar e num piscar de olhos a viagem chegará ao fim... A ideia agora é
aproveitar ainda mais cada segundo!
A última atividade programada pela ESN para 2014 foi uma viagem a Milão, para o Crazy Countdown, uma festa de fim de ano que reuniria estudantes Erasmus de várias partes da Itália. A programação seria bem pesada, mas seria uma boa chance de nos divertirmos e de conhecer Milão. A ideia era sair de Siena às 8h, encarar uma viagem de ônibus de pouco mais de 4h, chegar em Milão, almoçar, fazer um city tour, sair pra um aperitivo, ir direto pra boate, virar a noite lá e voltar pra Siena às 6h da manhã.
A última atividade programada pela ESN para 2014 foi uma viagem a Milão, para o Crazy Countdown, uma festa de fim de ano que reuniria estudantes Erasmus de várias partes da Itália. A programação seria bem pesada, mas seria uma boa chance de nos divertirmos e de conhecer Milão. A ideia era sair de Siena às 8h, encarar uma viagem de ônibus de pouco mais de 4h, chegar em Milão, almoçar, fazer um city tour, sair pra um aperitivo, ir direto pra boate, virar a noite lá e voltar pra Siena às 6h da manhã.
Na véspera eu e a Ana, pra variar, tínhamos saído. O que era pra ter
sido um jantar acabou se estendendo um pouco mais (do que eu queria, inclusive)
e voltamos pra casa tarde. A vantagem é que teríamos tempo pra dormir no
ônibus. Na verdade, eu não consegui dormir tanto assim no ônibus, mas consegui ficar
descansada. A Ana começou a sentir enjoo logo no início e a viagem não foi
fácil pra ela., que acabou ficando meio mal o resto do dia. Fizemos uma parada no meio do caminho, que foi um alívio,
mas estava mega frio e eu estava com medo de como estaria o tempo em Milão. Eu estava preparada, mas talvez não o suficiente.
Chegamos em Milão umas 13h mais ou menos e pegamos o metrô até a região
do Duomo. O Duomo é liindo, mas o tempo de Milão realmente desanimava... Aquele chuvisco
que só serve pra incomodar, aquele céu cinza, uma neblina constante... Não
entramos no Duomo porque não teríamos tempo e a fila estava enorme!
Nos dispersamos pra almoçar. A cidade estava lotada de gente, de pombos
e aquele caos incomodava um pouco. Resolvemos comer no Mc Donald’s por questão
de praticidade: duas librianas andando juntas têm sérios problemas pra
escolher, inclusive lugar pra comer. E diante daquele caos e daquele frio, só
queríamos sentar em um lugar tranquilo logo. Não que o Mc Donald’s estivesse tranquilo,
mas pelo menos sentamos no quentinho e comemos.
Depois partimos pra tomar o nosso café. Entramos no primeiro café que vimos e
que tinha lugar pra sentar e nos acomodamos. Eu e a Ana precisávamos ir ao
banheiro. Ela foi primeiro mas a fila tava tão grande que ela ficou pelo menos
uns 30 minutos esperando. Até desanimei de ir... Logo teríamos o City Tour, então descemos, tomamos café no balcão mesmo, fomos atendida por um cara engraçado
que assustou com minha voz e despediu dagente com um “obrigado” e voltamos ao
Duomo onde encontraríamos o resto do grupo.
Começamos o City Tour por um dos prédios da Universidade de Milão.
Passamos por vários outros monumentos e prédios famosos, mas, embora eu tenha
prestado atenção em quase todas as explicações (acho que já deu pra perceber
que gosto dessas coisas...), infelizmente minha memória ruim armazenou muito
pouco. Quando terminamos a caminhada já estávamos cansados e minha bexiga estava quase estourando, mas tínhamos que
ter forças para a noite. Boa parte do grupo foi para um bar onde fizemos um
aperitivo – basicamente, paga-se um valor que inclui uma bebida e tira-gosto à
vontade. Lá mesmo, eu e as outras meninas (e também os meninos!) começamos a nos
arrumar pra sair. Troquei a calça jeans pela saia que estava na bolsa e
improvisamos a maquiagem no espelho do salão interno do bar. No fim deu tudo
certo!
Finalmente seguimos para a boate. Para chegar lá foi preciso pegar dois bondes
("tram"). Pegar o primeiro foi mais tranquilo, mas o segundo estava lotado e até
para entrar foi difícil! Fui espremida ao longo do caminho por espanholas chatas
e bêbadas que estavam “cantando” no meu ouvido e fazendo a maior confusão.
Nesse meio tempo, eu e a Ana começamos a conversar com a Raquel, uma portuguesa
que está fazendo Erasmus lá em Siena. Já tínhamos cruzado com ela mas só então
descobrimos o quanto ela é legal e compartilha as mesmas implicâncias nossas.
Ficamos junto dela até entrarmos na boate.
Chegando no lugar onde seria a festa, já tínhamos desanimado bastante por causa da confusão para chegar lá. Pra piorar, a ideia era ficar lá fora (no
frio, na chuva) bebendo por um tempo antes de entrar. Acabamos conhecendo um menino muito louco
(diz que é americano mas estuda na Escócia) que, sabendo que éramos brasileiras
e portuguesa, começou a recitar de cabeça fados inteiros e o cláááássico “Chorando
se foi”. Ele era engraçadíssimo e rimos horrores! Deu até pra animar o pré e foi o ponto alto da noite!
Quando finalmente pegamos os ingressos, decidimos entrar. Lá dentro outra saga: colocar tudo o
que tínhamos no guarda-volumes. Estava cheio de gente e as pessoas eram super muito mal educadas: tinha gente empurrando, pisando no pé, furando fila... Além disso, para
cada volume deixado deveríamos pagar (ai!) 3 euros. Eu e a Ana, pra economizar um
volume organizamos nossas bolsas de modo a deixar as coisas menos importantes
em um bolsa que seria guardada e as coisas importantes na outra que ficaria com
a gente.
Devidamente livres daquele monte de casaco, aproveitamos que ainda estava
relativamente vazio e fomos pegar bebida. Tínhamos direito a duas bebidas, mas
não tinha muita opção. Pegamos a primeira e fomos pro meio da pista. Infelizmente não
conseguimos animar, o que foi um problema. Dançamos um pouco, mas a uma certa
hora cansamos. Tentamos duas vezes pegar a outra bebida que tínhamos direito, mas
tinha tanta gente (e, mais uma vez, gente mal educada empurrando, pisando no pé
e furando fila) que desistimos.
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