Começando pelo começo!

Já que comecei pelo fim, talvez seja hora de voltar para o começo. Havia 3 anos que eu tinha voltado da Itália, 27 de fevereiro de 2015. E no dia 22 de fevereiro de 2018, lá estava eu no aeroporto, pronta para uma nova aventura. Sim, porque por mais que eu estivesse voltando para um lugar que conheço e amo, sabia que viveria uma experiência diferente de qualquer outra.
Pra começar eu viajaria sozinha e ficaria sozinha em parte da viagem. Eu já tinha viajado sozinha antes, mas não como turista e por tanto tempo. Quando fui pra Itália da outra vez, estava indo pro meu intercâmbio, pra ficar por lá e fazer amigos, e quando viajei sozinha fiquei no máximo 2 dias. Quando fui pra Disney, viajei com um grupo de amigos e a Califórnia foi uma experiência à parte. Dessa vez eu tinha a expectativa de encontrar meus amigos, mas sabia que estavam trabalhando e eu passaria a maior parte do tempo sozinha. Mas a verdade é que a ideia de estar sozinha não me assustou em nenhum momento e, pra falar a verdade, eu estava empolgada pra ter uns dias só pra mim. Das vezes que viajei sozinha (ou acompanhada) aprendi muito, seja com os erros que com os acertos e decidi que essa viagem seria incrível!
O primeiro erro: planejamento. Sou dessas que planeja muito pouco ou quase nada o que, por um lado, me dá mobilidade mas, por outro, observei que já deixei de fazer muita coisa que queria pela simples falta de planejamento. Logo que decidi viajar comecei então a fazer meu planejamento. Eu tinha três grandes objetivos: rever meus amigos, voltar em Siena e Roma e conhecer novas cidades, particularmente Bologna. Logo que decidi as datas vi que eu teria 10 dias antes do curso e 5 dias depois. Decidi encaixar meus objetivos nos 10 primeiros dias e deixar a última parte da viagem pra planejar quando estivesse lá. Fiz roteiros, reservei hospedagem, comprei passagem de trem e deixei tudo organizado para aproveitar ao máximo essa parte inicial da viagem e economizar um pouco, já que em cima da hora fica tudo mais caro e meu orçamento era limitado.
O maior acerto: perder meu medo de falar com as pessoas. A verdade é que eu MORRO de medo de falar com as pessoas, mas essa é a principal coisa que tenho aprendido a vencer nas minhas viagens. E cada vez que eu venço é incrível, é uma oportunidade de aprender, de trocar experiências e, bem... Não estar sozinha.
Ainda em BH, encontrei a Bel, uma amiga que também estava indo pra Europa e pegaria o mesmo voo que eu pra São Paulo. Ficamos juntas até a hora do nosso embarque, que começava com 10 minutos de diferença. No aeroporto de Paris conheci um brasileiro que também estava indo pra Roma. No avião pra Roma, conheci outro. E assim eu começava minha viagem...


Mas acima de tudo, depois de três anos eu finalmente estava voltando. E eu não sabia como seria, o que eu sentiria, como seria rever tudo e todos. E se por um lado a expectativa era enorme, por outro a minha ficha não caiu até estar lá. Mas isso eu conto depois...

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