Retrospectiva anos 2010: 2017
Em 2017 conheci a dança folclórica italiana. Foi meio por
acaso, fui chamada para dar aulas para o grupo e acabei começando a dançar. Sou
muito tímida e um pouco dura e com certeza não era a dançarina mais habilidosa.
Mas, apesar disso, me diverti bastante, conheci um novo lado da cultura
italiana e conheci pessoas incríveis. Cheguei a coordenar o grupo, mas por
algumas divergências pessoais e quanto à condução do grupo, acabei saindo.
Em fevereiro participei da seleção para dar aulas de
italiano em uma grande rede daqui de BH. Eu estava dando somente aulas particulares
e achei que trabalhar em uma escola de idiomas pudesse enriquecer meu currículo
e abrir portas. No treinamento tinha umas 40 ou 50 pessoas, mas só cinco para as
vagas de italiano. Tanto a prova quanto a entrevista foram bem tranquilas e, logo
no primeiro semestre, fui chamada para dar aulas em 5 unidades da escola. Se ao
ouvir a dona e fundadora da escola falar eu achava extremamente incrível e
inspirador, na prática me decepcionei um pouco. O material tinha uma metodologia
antiquada e eu frequentemente tinha que me deslocar muito para dar somente uma
hora de aula e ganhar pouco por isso. Então, apesar de ainda constar como
professora da rede, só assumi turmas de fato por 1 ano.
Em março começaram minhas aulas no mestrado. Eu tinha que
fazer quatro disciplinas, duas no primeiro semestre, duas no segundo. Fui uma
aluna medíocre, o mestrado nunca fez muito sentido pra mim, só gostei de duas
das matérias, trabalhava demais e me esforcei menos do que deveria. Minhas notas
foram dois A’s e dois B’s. Por um lado eu vi colegas que fizeram coisas
incríveis no mestrado e se deram super bem e penso que eu poderia ter sido como
eles. Por outro, saber sobre umas teorias chatas sobre literatura latino
americana contemporânea não me acrescentaria muito, nem em termos acadêmicos,
nem profissionais e muito menos em termos de satisfação pessoal. Em setembro fui
pra São José do Rio Preto, para um Congresso de Tradutores. Fui sozinha e conheci
um mundo totalmente novo referente à tradução e ainda pude fazer alguns bons
contatos. Em outubro participei do Congresso da ABPI – Associação Brasileira de
Professores de Italiano, no Rio de Janeiro. Esse Congresso acontece a cada dois
anos e é legal porque é sempre uma boa oportunidade de conhecer professores das
melhores Universidades e é sempre uma boa oportunidade de atualização. Mas,
como sempre, eu não estva muito motivada e devo confessar que preparei a minha
apresentação apenas alguns minutos antes da minha fala, enquanto outras
professoras que falariam naquela sessão apresentavam os respectivos trabalhos. Mas ainda tivemos tempo para turistar um pouco: visitamos a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes e no último dia consegui fugir com a Amanda para um café e por o papo em dia no Museu do Amanhã.
Em dezembro fiz meu primeiro concurso pra Professor Substituto
de Italiano da UFMG. Tinha somente uma vaga e eu estava completamente perdida
sem saber como seria e estava dando muitas aulas então não me preparei bem para
a prova didática. No sorteio fui a último dos 7 ou 8 candidatos e tive que
ficar a manhã inteira numa sala incomunicável, sem poder ler, escrever, usar o celular
ou nada. Quando chegou a minha vez usei a metade do tempo que eu tinha à disposição
e dei uma aula medíocre. Não precisava que ninguém me falasse isso, eu sabia que
minha aula tinha sido medíocre e que eu tinha condições de fazer algo infinitamente
superior. Saí da minha prova meio frustrada, fui para a cantina e fiquei
martelando isso pois sabia que não tinha como voltar no tempo mas que eu tinha
que fazer algo para melhorar. Imediatamente lembrei de uma bolsa para um curso
de professores na Itália para a qual eu havia feito inscrição mas nunca tinha recebido
resposta. Decidi que eu iria fazer o curso de qualquer maneira. Escrevi mais um
e-mail para a escola perguntando como fazer minha inscrição e o pagamento e no
mesmo dia recebi como resposta a bolsa que incluia o curso, hospedagem e os
passeios oferecidos pela escola! Mais à noite recebi o resultado do concurso: fui
aprovada em terceiro lugar.
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