Passeando por Alicante

O dia seguinte ao carnaval foi um dia mais ou menos morto. Acordamos tarde e ficamos mais tranquilas em casa. A família da Laura, que me recebeu, foi super atenciosa comigo. A mãe e o irmão falavam inglês, o que facilitou bem as coisas. O pai não, mas, mesmo assim foi super simpático! Eu até arrisquei uma ou outra palavra em espanhol, mas realmente não dei conta de ir muito além... Eles fizeram de tudo pra me agradar e me deixar à vontade. No almoço rolou uma típica paella espanhola que, até então, eu nunca tinha comido. Já comentei que, infelizmente, sou meio fresca pra comer, mas viajar também significa se abrir para novas experiências gastronômicas. E não é que deu certo? Estava bem gostosa!

Depois do almoço encontramos a Carmem, amiga da Laura, para tomar um café (a esse ponto eu já estava viciada no café pós-almoço!) e depois dar uma volta pelo centro de Alicante. Passamos por uma rua super divertida, totalmente lúdica, com o piso todo verde e amarelo. Ao longo da rua, vários cogumelos gigantes com expressões faciais bem engraçadas e eventualmente uma formiga ou joaninha em cima de algum deles! Também tinha jogo de amarelinha no chão, casinhas estilo casinha de boneca, escorregadores e coisas assim. Adorei!





Depois fizemos um passeio à beira-mar. Foi um passeio bem tranquilo. Estava calor mas com um ventinho gostoso, quase frio. Aquele vento de litoral mesmo... Ficamos andando até o anoitecer. Terminamos a noite em uma espécie de bar onde comi um waffle com Nutella sensacional!


No dia seguinte visitamos o Castelo de Santa Bárbara, que fica no alto do monte Benacantil. O castelo é do final do século IX, período do domínio árabe na região. Olhando para ele da praia podemos ver algo que se assemelha a um rosto, e, devido às origens, o monte também é chamado de “Monte do mouro”. Olhando lá de baixo o castelo fica super alto e eu cheguei a me perguntar se eu daria conta de chegar até lá em cima. Dei! Acontece que a subida não é tão pesada por serem rampas e não escadas. Além disso, ao longo do caminho tem vários patamares onde dá parar, descansar e admirar a vista. Vale observar que no meio do caminho minha blusa de frio caiu e nem vi, então tive que voltar um bocado pra buscá-la. Por sorte continuou lá, caída no meio do caminho...



Uma coisa legal é que a subida é gratuita e, não sei se era a época ou se por estarmos em Alicante, que não é o principal destino dos turistas na Espanha, não fica cheio. No meio da subida tem um restaurante com vista panorâmica e, lá em cima, tem outro. Além disso tem uma espécie de quiosque onde dá pra comprar água, refrigerante e outras coisas. Foi minha salvação, pois o dia estava super quente! Rodeamos o castelo todo, fomos até o topo e ficamos lá em cima um tempo admirando a vista.





Quando descemos já estávamos morrendo de fome e a Laura queria me apresentar à Tortilla de patatas, um prato típico da Espanha que é basicamente um omelete de batata, mas mais grosso. Paramos em um primeiro restaurante, sentamos e pedimos. Surpresa: tinha acabado! Como a fome era grande, acabamos pedindo outras coisas pra forrar o estômago e comemos. Comi um cogumelo enorme com bacon e brie e um pãozinho com lingüiça, castanhas e pesto. Gordice? Imagina... Continuamos nossa busca pella Tortilla de patatas e depois de passar em mais dois ou três lugares achamos. Valeu a pena, estava uma delícia!


Passamos em casa e fomos buscar a irmã da Laura na escola. De lá seguimos para uma outra cidadezinha ali perto, sempre à beira da praia. Já era noite quando chegamos e estava super vazio, mas o clima estava uma delícia! Vento frio e uma tranquilidade sem fim! Fomos caminhando no calçadão da praia quando nos deparamos com balanços, escorregadores e essas coisas. Eu e a Laura sentamos no balanço enquanto a irmã dela brincava nos outros brinquedos! Nem lembro quando fora a última vez que sentara em um balanço! Balancei o mais alto que pude e foi uma delícia! O problema é que, passado um tempo eu fico meio tonta. Sempre acontece... Tive que parar... Ainda sentadas no balanço (mas sem balançar!), começamos a conversar sobre o quanto aquele final de semana tinha sido bom! Quer dizer... Quando nos conhecemos, passamos só duas semanas juntas, em 2011, três anos e meio antes e, de repente, eu estava ali com ela. Embora fosse um desejo meu, e imagino que dela, nunca podíamos imaginar que isso realmente aconteceria! E nos divertimos e sentimos que ainda tínhamos uma conexão forte... E essa sensação foi muito boa!



Deixamos a irmã da Laura na casa delas, já que ela tinha dever de casa pra fazer, e voltamos ao bar onde tínhamos tomado café da manhã. Ainda tinha uma coisa que a Laura queria que eu experimentasse: horchata, que parece um leite, mas é de origem completamente vegetal. Segundo a Wikipedia, feita com água, açúcar e tubérculos de junça, uma planta da região. Ela já tinha me falado que não gosta, depois a Viki, minha colega de quarto, disse que adora. Eu não consegui chegar a uma conclusão... Não é ruim. Mas não é bom.  Voltando pra casa, a mãe da Laura tinha feito torradas com queijo, espinafre e camarão, que estavam bem boas! Mas eu tinha que arrumar minhas coisas... Afinal, de manhã voltaria para a Itália!

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