Pelo interior da França
Durante boa da minha
estada na França fiquei na cidade do meu amigo Quentin, Loudun. Loudun é uma cidade bem
pequenininha, com menos de 7000 habitantes que fica no centro oeste da França,
entre Tours e Poitiers. A origem da cidade remonta à Idade Média então conserva
ainda hoje características desses tempos. É uma cidade bem bonitinha e, como
cidade do interior, é bem tradicional. Andando pelas ruas, o Quentin
frequentemente cruzava com algum conhecido. Nas padarias, doces tradicionais
como croissants, brioches e os deliciosos macarons que, até então, eu não tinha
comido nem no Brasil... Além disso tinha sempre alguém saindo com uma baguete
debaixo do braço. Sim, debaixo do braço, meio enrolada num pedaço de papel de
pão.
Às terças-feiras, tem
uma feira no centro da cidade. E, como as feiras de rua da Europa, encontra-se
de tudo: roupas, utensílios de cozinha, objetos dos mais variados e comida.
Descobri que na França também come-se muito frango-assado (como os de padaria
do Brasil) e batata-frita (Agora o nome “french fries” faz todo sentido!).
Aliás, esse foi nosso almoço do dia... Mas o mais bizarro pra mim foi ver as
enguias. Em uma das barraquinha tinha uma espécie de bacia cheia de enguias
vivas. A pessoa vai lá, escolhe a enguia e eles a fritam na chapa na hora. Eca!
Visitamos também o Espace Sainte Croix, que estava com uma exposição gratuita super gracinha de natal e brinquedos artesanais, etc. Eu eu o Quentin começamos a brincar na boca do palhaço, mas depois achamos que não era muito conveniente!
Como não tem muita coisa pra fazer em Loudun, o Quentin me levou em algumas cidades próximas. A primeira foi Chinon, uma cidade com, aproximadamente 7800 habitantes à beira do rio Vienne, um dos principais afluentes do Loire. A cidade também é uma gracinha e, se defini Siena como uma cidade marrom, Chinon é uma cidade branca de telhados cinza (e Loudun é uma cidade bege, a propósito). Demos uma volta pelo centro da cidade, por algumas ruelas por ali, e subimos até um ponto de onde se via a cidade inteira e o rio. Ali do lado fica a entrada pro Castelo de Chinon, mas não quisemos entrar. Terminamos o dia com um chocolate quente sensacional!
No outro dia visitamos
um moinho do século XVIII, o Moulin du Puy d’Ardanne em Chalais. O moinho fica em um campo em uma colina a 124m de altura. Dava pra ver láá longe! Não tem nada pra fazer lá além de dar uma volta no moinho e ver a paisagem. O Quentin não
cansava de repetir na minha cabeça que no verão a paisagem é muito mais bonita
(acho que terei que voltar pra conferir!), mas ainda assim, apesar do frio, eu
curti a paisagem. É paisagem de inverno, né? Dessas que a gente não tem no
Brasil! O que me faz falta é o céu azul, isso sim! Mas adorei o passeio!
Brincando de equilibrar! |
Outra cidade que
visitamos foi Poitiers, um pouquinho mais longe de Loudun. Conhecia a cidade de
nome porque na Inglaterra conheci uma menina de lá. Poitiers é uma cidade
completamente branca e linda! Fiquei apaixonada! Ela tem 85.000 habitantes e é uma cidade
universitária, mas como era período de férias, estava bem vazia... E fria. Bem
fria! Em Poitiers, além da caminhada pelas ruas do centro visitamos três
igrejas: Igreja Notre-Dame la Grande de
Poitiers, a Catedral Saint-Pierre de Poitiers e a Igreja Sainte-Radegonde de
Poitiers. Almoçamos em um café na Place Du Maréchal Leclerc, onde estava acontecendo
uma dessas feiras de natal super comuns na França e depois encontramos uma
amiga do Quentin pra dar mais umas voltas e tomarmos um chocolate quente, pra variar.
Igreja Notre-Dame la Grande de Poitiers |
Por fim visitamos o
Château de Brézé, na cidade homônima. Passamos pela cidade que também é super bonitinha,
mas dessa vez só passamos. Mesmo com GPS custamos a achar a cidade e o castelo.
Esperávamos vê-lo em algum momento ao longe na paisagem, mas ele é circundado por uma muralha e não dá pra ver nada de fora. Pra entrar no
castelo pagamos €11. Eu sinceramente achei caro em pricípio, mas quando eu teria a
oportunidade de estar ali de novo? Esse castelo tem uma particularidade que é a
presença de uma habitação subterrânea, usada antigamente para defesa. Algumas
das salas hoje parecem apenas túneis em meio às rochas, mas lá em baixo tinha
até padaria! Esse castelo era habitado até muito recentemente, 1991 mais
precisamente, quando a marquesa de Brézé morreu. Rodamos o castelo inteirinho,
tiramos horrores de fotos e ficamos praticamente até a hora do fechamento.
Depois fomos direto pra casa. Também esse dia
estava um frio congelante!
Tentando esquentar no forno... Não funcionou! :/ |
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