Conhecendo gente

Depois que voltei de Nápoles passei mais uma semana sozinha e alguns desses dias meio angustiada. Siena é uma cidade bem pequena, não tem muita coisa pra fazer. Até tem muito lugar pra visitar, mas subir na torre sozinha, por exemplo, não teria muita graça. Fiz amizade com os meninos do bar onde fui com a Marcela no primeiro dia. Comecei a ir lá todos os dias à noite, ficava um tempinho e voltava pra casa. Era melhor que nada, eles são legais e tudo mais, mas eu tava sentindo falta de alguém pra rodar comigo, pra sair à noite, fofocar...

Passei mais um final de semana sozinha, mas na semana seguinte começariam as primeiras atividades de recepção aos estrangeiros na Universidade e a expectativa era que a partir de então as coisas melhorassem. A primeira atividade, logo na segunda-feira, era o registro dos estudantes do meu departamento. Eu já tinha feito o meu registro, mas me aconselharam de ir porque apresentariam a faculdade e passariam informações que poderiam ser úteis. Chegando lá foi um momento super intimidador. Acontece que eu tenho uma certa dificuldade de socialização, o contato inicial pra mim é uma coisa super difícil de fazer, principalmente porque a maioria já se conhecia do curso de italiano que eu não fiz. Encontrei o Joachim esse dia, mas foi o máximo de socialização que eu tive.

Antes de sair de casa fui avisada pela portaria de que naquele dia chegaria minha colega de quarto e a minha expectativa era bem grande! Estava torcendo para que fosse alguém legal com quem eu fizesse amizade. Ao longo do dia saí algumas vezes pra dar uma volta, como de costume, ou fazer alguma coisa, louca pra saber se quando eu voltasse ela estaria no quarto. Mas só chegou à noite. Logo de cara, vimos que teríamos problemas de comunicação: ela era espanhola, não falava quase nada de italiano e tinha uma dificuldade enorme pra me entender em qualquer língua que eu tentasse falar. Ela ficou um mês aqui comigo e durante toda a estadia dela, comunicação não foi nosso forte...

Na quarta-feira teve uma atividade de apresentação da Universidade aos estudantes estrangeiros, onde nos mostraram o funcionamento da universidade, as possibilidades que ela nos oferece e tal. Nesse dia conheci a Sofia, uma menina grega que foi minha salvação! Depois ficou muito mais fácil conhecer gente. A Piazza del Campo começou a ser um ponto de encontro dos estudantes estrangeiros. As aulas ainda não tinham começado, então íamos pra lá quase todas as noites. Eu combinava de ir com a Sofia, lá encontrávamos algum outro conhecido, que estava com outro conhecido e outro... E aí o círculo foi só se ampliando: italianos, romenos, americanos, alemães, espanhois (embora, no geral, eles costumem ser bem fechados entre eles...), ingleses, etc. Fiquei sabendo que tinha um brasileiro por lá, mas confesso que não me esforcei muito pra conhecê-lo!




Comentários

  1. Começar, qualquer coisa, não é fácil, principalmente quando este início se dá em todas as áreas, de moradia às amizades! Que bom que ao final tudo deu certo!

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